Maria → Construto social, poderoso argumento de venda…
Skinner→ “O que é o Amor se não outro nome para reforçamento positivo?” (SKINNER, 1948, WALDEN TWO).
Ovídio → “Vá onde quiser, enquanto ainda livre e escolha aquela a quem você possa dizer: ‘só você me agrada’. Ela não virá até você descendo do céu entre a delicada brisa; você deve procurar a mulher que encantará seus olhos”.
(Ovídio, poeta romano)
Erich Fromm → “(…) apesar da profundamente enraizada avidez pelo amor, quase tudo mais é considerado mais importante do que o amor: o sucesso, o prestígio, o dinheiro, o poder. Quase toda nossa energia é utilizada em aprender como alcançar esses alvos e quase nenhuma é dedicada a aprender a arte de amar”.
Em outro trecho: “Se quisermos aprender como se ama, devemos proceder do mesmo modo que agiríamos se quiséssemos aprender qualquer outra arte, seja a música, a pintura, a carpintaria, ou a arte da medicina ou da engenharia”. (Erich Fromm, A Arte de Amar) .
Schopenhauer → O amor, para Schopenhauer resume-se a cada a cada “João encontrar sua Maria”. Dito de outra forma: “(…) O que atrai com tal poder e exclusividade dois indivíduos de sexo distinto em direção um a outro é a vontade de vida que se expõe em toda a espécie… O fim último de toda disputa amorosa (…) é de fato mais importante que todos os outros fins da vida humana, e, portanto, merece por inteiro a seriedade profunda com a qual cada um o persegue. De fato, o que aí é decidido é não é nada menos senão a composição da próxima geração. (Schopenhauer, em Jair Barboza, Schopenhauer a decifração do enigma do mundo, Editora Moderna)
Machado de Assis → “Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.
Machado de Assis → “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento”.
São Paulo
Ainda que eu falasse línguas
as dos homens e dos anjos,
se eu não tiver o amor,
seria como sino ruidoso
ou como címbalo estridente.
Ainda que eu tivesse o dom
da profecia,
o conhecimento de todos os mistérios
e de toda a ciência;
ainda que eu tivesse toda a fé
a ponto de transportar montanhas,
se não tivesse o amor
eu não seria nada.
Ainda que eu distribuísse
todos meus bens aos famintos,
ainda que entregasse
meu corpo às chamas
se não tivesse o amor,
nada disso me adiantaria.
O amor é paciente,
o amor é prestativo;
não é invejoso, não se ostenta,
não se incha de orgulho.
Nada faz de inconveniente,
não procura seu próprio interesse,
não se irrita, não guardar rancor.
Não se alegra com a injustiça,
mas se regozija com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
…
Como já dizia Freud, o humano nasce e em seus primeiros lampejos de consciência descobre a mãe, o pai e o mundo passo a passo. A consciência da necessidade de complemento surge e transforma o ser em um perseguidor de uma metade que ás vezes, a falta desta, o angustia. A partir de momento que o humano entende que o outro apenas irá somar e não completar aí o amor é íntegro. Amor verdadeiro, sem disputa, sem desculpas, sem limites, sem angústia. Amor, a soma de todos os medos de dois, assim como de toda a coragem de dois, da humanidade ou falta dela de dois, da compaixão de dois, da alegria e tristeza de dois, das risadas e prazer de dois, da sensibilidade e instabilidade de dois, do êxtase e realização de dois…Dois que se desprenderam da esfera narcisística e decidiram pelo amor unificado. Dois que provavelmente irão gerar outro, e mais outro, sem disseminar a malignidade da imaginação de um mundo ou ser perfeito e que errar não compromete a finalização, apenas ajuda no tranpôr do caminho e que a busca por outro é apenas para continuar a sua história. Amar é fácil…é só sentir as pequenas gotas de alegria, bons momentos, diversões, resoluções e realizações. Aí, o amor acontece.
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